Graças a Deus a semana chegou ao fim, a semana não foi fácil, é horrível vir trabalhar todos os dias perguntando-me a mim mesma "quem irá hoje embora?".
E tem sido uma debandada, quase todos os dias ouvimos dizer que mais alguém suspendeu contrato ou rescindiu contrato. O ambiente está de cortar à faca, seria de pensar: "ufa, ainda bem que temos fim-de-semana à porta". Mas não, os fins-de-semana ainda continuam a não ser fantásticos.
Estão a melhorar mas continua a ser uma sensação dividida, entre "que bom que estou a descansar do stress que tem sido ir trabalhar nas circunstâncias actuais", "que bom posso desfrutar de 3 piratas que me tiram do sério muitas vezes, mas é sempre que bom estar com eles".
Mas...
Falta a serenidade, a paz de espirito, a calma de ter resolvidos todos os assuntos que me atormentam e conseguir desfazer o nó constante na minha barriga.
Eu sei que a resolução do problema está única e exclusivamente nas minhas mãos, que só eu posso de uma vez resolver isto. E continuo de cabeça escondida na areia, a adiar já sem grandes motivos ou justificações. Mas é tão difícil enfrentar isto (nunca pensei).
Eu sei que tem que ser, que até já se tornou ridícula a situação, que provavelmente, se as pessoas que me conhecem soubessem da história iriam estranhar e muito a minha atitude, mas é difícil, tenho medo e arranjo as mais esfarrapadas desculpas.
E o problema é que esta história está a corroer-me as entranhas, a fazer-me mal.
Tenho mesmo, mesmo que acordar de manhã e ir em frente, sem medos, sem desculpas.
VIVE Mulher, dá-te a esse privilégio.
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